Dedos ágeis, febris. Pensamentos tântricos. Gosto de imaginar como tu possas estar. Assim, agora, quando eu chegasse de repente, jogando o chapéu no sofá da sala, te puxando forte pela cintura, e, te fazendo sentir o perfume que exala do meu pescoço. E ensaiaríamos os primeiros passos de uma dança qualquer, que me colocasse adjunto ao teu colo, e, me fizesse sentir a tua pele com a minha mão espalmada, que correria por todo o teu corpo.
Um rodopio. Daqueles que não nos sobe a cabeça. Uma garrafa de vinho. Chileno, daqueles que tu tanto gostas. Ao menos, dizes que sim. Sempre tens uma garrafa recolhida, em algum lugar do teu apartamento. Gosto de imaginar servindo-te de toda garrafa, encontrando-te contra a parede, totalmente desarmada, para só então derramar. Primeiro, por tua boca, nua, semi-aberta. Depois, pelo teu colo apertado contra o meu peito. Firme, ajustando-se goles com respirações desvairadas.
Ou talvez não fosse nada assim. Talvez fosse tu a me seduzires. A me manter calado, quase um escravo, esquivo diante de tua ganância por quereres sempre mais de mim. E eu atenderia cada uma de tuas vontades, sob pena de receber maior castigo que este de te ter com os olhos fixos, e, mãos algemadas aos teus desejos de fazer o que quiseres comigo.
Ou quem sabe, isso tudo não seja apenas um escrito. Ébrios pensamentos de um menino.
Ou sóbrios desejos de um homem?
Quem sabe?
((Passando a Limpo o Passado))
Um comentário:
Muito bom... rs
se quiser ir no meu blog http://diariosolto.blogspot.com/
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